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sábado, 30 de maio de 2009

A vida tem disso...

Porque tudo que quero se transforma em escuro
Porque tudo que olho, foge de mim
Porque por mais lindo que seja
Acaba de forma feia
Então prevalece a hipocrisia
Era uma vez uma história com final feliz.
Por que por mais que pareça que tudo esta bem
Não está
Porque nunca está
Nem todos os abraços esquentam
E ainda tem alguns que quando começam a te confortar
Despezam- te e fogem
Os sorrisos que eu achava que eram verdadeiros
Hoje é simplesmente parte do meu passado
Meu olhar demonstra tristeza
Minha alma é o reflexo do meu olhar
Sou completamente contra qualquer tipo de mentira.
Porque ninguém dá a mínima para o que se sente
Porque no mundo e entre milhares de pessoas eu sou só mais uma
Porque por mais que olhem pra mim não me enxergam
Porque a cor de tudo que eu via perdeu o brilho
Eu só sinto dor e pra onde quer que eu olhe está cinza...

Síntese da felicidade (Drummond)

Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos(...)
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não Ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado lega
lAprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E o carinho meu.

sábado, 23 de maio de 2009

Na verdade era quase impossível entendê-la, pois talvez nem ela soubesse explicar o que sentia. Seus sentimentos eram tão difíceis de serem explicados e ainda que a pudessem ouvir não a entenderiam. Sentia-se mal por ser do jeito que era, porém não sabia como obter a mudança que tanto queria. Estranhava- se sempre que se via, pois se vendo pensava no quanto queria mudar e chorava porque mudando deixaria de ser o que era por dentro e isso ela não queria, talvez porque seu conteúdo mesmo sendo fraco tinha certa importância mesmo que esta importância só se manifestasse para ela.
Estava sempre cercada de pessoas e sempre se sentia sozinha. Sentia tristeza por isso. E culpa também. Queria muito que houvesse ao menos uma pessoa capaz de entendê-la e como talvez não existisse, sentia que tudo era por sua culpa e achava que se era assim nunca ia deixar de ser. Chorava mais quando pensava no futuro e por isso aos poucos fora deixando de pensar. Achava que futuro era coisa pra poucos e que ela sendo pouco jamais alcançaria um pra si. Ela era fraca, simples e jamais, mesmo que quisesse, conseguiria se unir a alguém de forma que esse alguém a entendesse e a completasse. Ela era só. Havia se conformado com isso, sabia que era inferior- Isso alguém a disse, um dia- e como se conformava com tudo também a isso se conformara. Às vezes tinha a impressão de que toda a tristeza que sentia era passageira, porém passageira era essa impressão e não demorava muito pra ela descobrir isso. Mesmo sabendo que raramente podia confiar nas pessoas, ainda cometia esse erro e depois chorava mais ao descobrir que estas não lhe eram dignas de confiança. Sua vida talvez não valesse muito à pena, mas isso digo eu que nada sei da vida. Pra ela, mesmo vivendo todo dia a mesma coisa, achava que aquilo a que se disponha todo dia, durante 24h era interessante. E talvez realmente sua vida tivesse algum valor. Ao ver sua imagem refletida sentia tanta angústia que aos poucos também fora deixando de se olhar.
 Ninguém nunca a chamara de “bonita” e a frase “eu te amo” só ouvira na televisão. Na verdade eu acho que ela mesma não tinha vontade de existir, mas já que existia tinha que viver. Era como se alguém a obrigasse e a lembrasse todos os dias, que ela tinha de viver. Se queria ou não, tanto faz. Ela já havia pensado muito em ir embora porém como costumava pensar muito antes de falar alguma coisa decidiu pensar antes e pensando lembrou- se de alguém que um dia a disse que quando se morre vai- se pra um lugar frio e triste, então ela com mais medo da morte que vontade de viver desistiu de desistir da vida.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Estrada nova _ Oswaldo Montenegro

Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
O sol ja nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça ele vai brilhar
Lembra se puder
se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
o futuro agarra sua mão
Será que é o trem que passou
ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
se não der esqueça
De algum jeito vai passar

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Os dias passam, têm de passar.
As pessoas correm. Têm de correr?
Minhas dúvidas são fúteis, meu pensamentos... Eles fogem de mim. Meu amigos... Poucos. Também pouco tempo, pouco lazer, pouco de tudo e muito, muito de nada.Sorrisos? Muitos. Verdades? Raras.
Uma coisa só pode ter muitos nomes, mas por mais bonito que este seja não vai mudar o significado da palavra.
Triste? Não sei bem se é a palavra certa. Acho que estou... Melhor deixar pra lá!
Me sinto insignificante, minhas palavras se voltam contra mim e me ferem teimam em me contrariar.
Lugares grandes e vazios eu habito. Pessoas olham pra mim e me julgam. Como inútil que posso ser. Números, números e números, pra quê? Pra mostrar o quanto tenho que melhorar. E muito. Meu silêncio deveria camuflar o que eu sinto ou penso mas ele só da mais ênfase a isso. Minhas palavras saem quase como um sussurro e me acusam mais ainda.
Nunca tive tanto nada nem tanto medo do nada.
Fugir é minha saída. Sim! Fugir igual a um animal que se sente encurralado.
Minha espécie é completamente diferente, não vivemos em bando e quase não nos ajudamos.
O não existir me atrai mais. O não ser, o não pensar. Ser apenas um ponto negro num história qualquer. Sem opinar, sem dar o mínimo de interesse à existência.
E um dia depois de muito tempo, olhar pra trás e ver que sempre fui um ponto negro e que com o tempo o ponto ficou cinza. Assim como todo o resto.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

A descoberta do amor

Sentiu- se alegre e triste ao mesmo tempo. Conquistou o espaço em que sempre vivera e descobriu com isso sua identidade. Passara a não ser mais o que sempre fora... Agora era outra. Se queria? Não sei! Só sei que sentiu algo tão bom como se sua vida toda tivesse passado por passar. Sentiu um leve gosto adocicado na boca. Seria isso o amor? Não sabia.
Sabia que descobrira um mundo totalmente diferente do seu, um mundo que ficava tão longe que nem sabia de sua existência. Acho que precisava urgentemente de uma camisa de forças tamanha era sua fúria, sua sede, sua fome... Agora de que? Talvez nem ela soubesse...Queria mais e sempre mais, nada do que lhe dessem seria suficiente. Se encontrava como um ser perdido que enfim foi encontrado. Seus lábio formavam um sorriso, de sua boca saiam palavras doces e seu coração batia a mil por hora... Era feliz? Era! Descobrira essa tal de felicidade e quão boa ela era... E se sentia alegre. Por quanto tempo ia durar? tanto faz... A felicidade em que se encontrava era tamanha e tão forte que aproveitava cada segundo tirando o máximo que podia ser tirado... E sentiu- se amada. E bastou!