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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Chão de Giz- oswaldo montenegro

Eu desço dessa solidão, espalho coisas sobre um chão de giz


Há meros devaneios tolos a me torturar

Fotografias recortadas em jornais de folhas amiúde

Eu vou te jogar num pano de guardar confetes

Eu vou te jogar num pano de guardar confetes



Disparo balas de canhão, é inútil pois existe um grão vizir

Há tantas violetas velhas sem um colibri

Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de vênus

Mas não vão gozar de nós apenas um cigarro

Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom



Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez

Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar

Meus vinte anos de "boy, that's over, baby", Freud explica

Não vou me sujar fumando apenas um cigarro

Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom

Quanto ao pano dos confetes já passou meu carnaval

E isso explica porque o sexo é assunto popular


no mais estou indo embora...

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