Ele sabia que em um olhar nada inocente se escondia a mais culpada das tentações? E que falando o que tinha de ser falado, conquistaria mais do que se deveria esperar? É claro que sabia, era homem.
E por trás daquela pele um pouco mais escura que o branco, se escondiam mil coisas que ele fazia menção de mostrar. Era como se soubesse que há em mim mais atração pelo mistério do que pelas matérias que a vida de estudante me impunha.
E então o que ele era? Eu não fazia muita questão de entender, nenhuma explicação iria me bastar. Com ele tudo era insuficiente. Mas era só uma paixão de estudante: nunca ia morrer (nunca morreu) e tampouco não duraria sequer mais um segundo. Mas um segundo era muito, eu precisava de menos que isso para saciar-me.
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