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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Não

Não perca o teu tempo,
o teu precioso tempo,
fazendo parecer que tens educação.

Não venhas me abraçar
como se nos conhecêssemos.

Não me ofereça os teus serviços
não tente me ajudar, não te apiedes.

Somos diferentes e não dizemos sim.

Eu esperei o tempo passar
mas perdi o rumo da prosa
perdi o encanto que passou por nós
e agora não mais sorriremos o sorriso dos conhecidos.

Não finjas, não mintas, não fales de mim.
Não choraremos juntos o vale de lágrimas que nos cabe.

Não me seja gentil e não é necessário desperdiçar teu polimento.
Continues a viver no mundo
que se acresce aos bens que só a ti pertecem.

Me deixe fora, com minhas dores e meus prazeres
onde não te cabes,
no meu mundo imundo, sujo com impropérios
e com os prazeres dos que não querem o céu.

Esqueça se o amor se foi
o ódio se mostra melhor ainda.

Com muito esforço,
bebo contigo a taça do veneno que te preparei.
Mas não te direi sim.
Faço-te companhia no banquete de injúrias a que te condeno
mas é só meu não que estará ao teu lado.

E não me beijes a mão ou o rosto
não olhes pra mim, não me dirijas a palavra.
Espere o tempo passar.

Aí morreremos juntas do pecado que é
eu odiar-te sem compreensão
e tu me mentires amor e lavrar- me as piores intenções.

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