Eu não aceito ajuda e só penso em mim, todos os esforços deles para comigo são em vão: eu jogo tudo fora, me dispo com uma agilidade impressionante. Nenhuma semente minha brota. Sou totalmente infértil. Eu não tenho razão de existir, embora seja eu quem enche o bolso de todos esses ao meu redor. Não só o bolso, preencho cada vazio da alma de quem precisa, mas no fim tudo isso faz parte do meu ritual maléfico de tortura mascarada.
Eu não posso nunca despir-me de minhas máscaras pois que a sociedade assim o exige. A sociedade é boa e me insere no sistema. Ela diz que sem o sistema eu não atingiria a felicidade, então eu por obediência, trato de me encaixar do jeito que me caiba.
O sadismo está em mim, devora todas as minhas entranhas, e dentro das tuas veias corre o líquido do meu prazer. Eu mato, roubo, minto. Eu mato, roubo, minto por plenitude. Eu sou pleno em qualquer lama cabalística e teus ratos valem pra mim, dragões.
Eu sou o fio de cabelo na tua sopa, você precisa tirar-me cautelosamente e beber o líquido que é o suor dos teus. Tu bebe-o e eu os engulo por inteiro.
Ninguém quer ser igual a mim, mas eu estou dentro dos pedaços de cada um.
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