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sábado, 6 de novembro de 2010

É por isso

É por amor que matamos as flores.
É por amor que mentimos quando vivemos.
Eu te entrego a sinceridade das minhas mentiras
E um buquê de rosas pra te alegrar.

Você ainda tem 672 horas pra me beijar
E um beijo dura em média 1 minuto
Temos 40320 beijos pra usar na nossa despedida.

Até o herói maltrata as flores
Por que sua grandeza não lhe sacia a sede.
Temos sede de companhia e tememos o futuro só.

Eu sou solitário
E preciso de companhia
Eu preciso de platéia
Eu preciso mentir pra você
Pra eu me sentir saciado.

Eu só te dou minha atenção (e minhas rosas)
Por que eu não quero morrer sozinho
Por que eu sou humano
Eu nasci assim.

Quando o sangue e a dor escorrem
Não nos sentimos culpados,
foi por amor.
Eu só te peço perdão
Por mentir tanto.
A quantidade não se justifica.

Eu te dou minha liberdade
Pra que me tenhas como presa
E assim eu ter-te
Nem que seja só um pouquinho.

Os seres humanos estão sempre se conformando.
Eu não me conformo por ainda não ter-te
Apesar de todas as flores que eu já matei.
Eu achei que quando eu parasse de mentir
Você viesse me abraçar
Pra dizer que a dor passou e o sangue matou-te.

Mas os objetos do amor nunca vêm.
E a gente ama, como amadores que somos
pra aprender que ficar sozinho
é o preço dos que querem companhia.

Seus minutos estão passando.
Mas se por acaso
no fim do dia
você ainda não tiver vindo
a gente pode acrescentar mais uma hora
no que a gente quiser.

A gente pode fazer tudo, menina
por que é tudo por amor. 

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